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quarta-feira, 27 de maio de 2020

A BELEZA DA COMUNHÃO FRATERNAL


“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.” (Salmos 133) 

 

Esse Salmo é o cântico da koinonia (comunhão) do Antigo Testamento. Ela pertence a coletânea dos Cânticos de romagem (Cântico dos degraus, na ARC, Sl 122-134). Os Salmos de romagem eram cantados na ocasião em que o povo subia ao monte Sião, em Jerusalém, para adorar ao Senhor. O assunto desse cântico é sobremodo excelente. Nesse cântico o salmista, empregando certas palavras com usos figurativos, apresenta a comunhão fraternal como: Preciosa, Edificadora, Restauradora e Abençoadora.  

Em primeiro lugar, o salmista apresenta a comunhão fraternal como uma comunhão preciosa (v.1). O salmista se encanta com a comunhão dos irmãos. É com encanto que ele olha para a congregação do povo de Deus. Diferente dos desigrejados, Davi, o autor do Salmo, sabia do valor de congregar como igreja. 

Em segundo lugar, o salmista apresenta a comunhão fraternal como uma comunhão edificadora (v.2). Aqui, ao mencionar o óleo da barba de Arão Davi faz alusão ao óleo da santa unção usado para consagrar os sacerdotes (Êx 30.25,30). Este óleo era um símbolo do Espírito Santo capacitando as pessoas para o ofício sagrado (1 Sm 16.13). Com essas palavras, Davi apresenta a comunhão fraternal como uma união edificadora, pois as pessoas ali presentes estão cheias do Espírito Santo, realizando obras que agradam a Deus e cada um exercendo seus dons e talentos para glória de Deus e edificação dos irmãos (Ef 4.7-16). 

Em terceiro lugar, o salmista apresenta a comunhão fraternal como uma comunhão restauradora (v.3a). Davi faz isso ao equiparar a comunhão fraternal com o orvalho do monte Hermom.  As terras de Israel queimam-se pelo sol do verão. O monte Hermom, cujo significado no Hebraico é “montanha sagrada”, e no árabe “montanha nevada”, com 2.814 metros de altitude, o seu pico está quase sempre coberto de neve. Suas neves, derretendo-se, ajudam a formar as nascentes que refrescam (e não só) as terras de Israel em pleno quente sol do verão. Como o orvalho do monte Hermom, que trazem refrigério as terras de Israel assim é a comunhão do povo de Deus. É uma comunhão restauradora. Nessa comunhão nos lembramos que não estamos sozinhos na luta contra carne, mundo e satanás. É um grande encorajamento saber “que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pe 5.9, ARC). Isso só é possível por meio da comunhão fraternal.  

Em quarto lugar, o salmista apresenta a comunhão fraternal como uma comunhão abençoadora (v.3b). Deus se agrada quando o seu povo se congrega, seja para o culto solene ou qualquer atividade que Lhe é do agrado. “Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre” (v.3b). 

Irmãos, valorizemos a comunhão fraternal. Estou mais do que convencido que a frieza, fraqueza e imaturidade de muitos irmãos dá-se pela pouca ou falta de comunhão fraternal. Me diz com quem convives e lhe darei a razão do nível da sua espiritualidade (1Co 15.33). 
 
Deus o abençoe! 

 
(Kennedy Bunga) 

DOCE E AMADA PROVIDÊNCIA



O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor.” (Provérbios 18.22) 

O mundo criou vários rudes ditados contra a mulher-esposa. “Mulher é um mal necessário”, tornou-se um ditado. Chegou-se ao ponto de dizer: “todo homem passa dois dias bons com a esposa: o dia em que se casa com ela e o dia em que a enterra". É com palavras como essas que a nossa sociedade criou um retrato tão duro e rude das mulheres-esposas. 

O texto acima parece ser contrário a essa ideologia. Ela apresenta a esposa como “doce e amada providência de Deus”. Ela diz que a esposa é uma dádiva divina. Certamente, nas palavras de Spurgeon, “não há dúvida houve algumas esposas extremamente más no mundo que provocaram tanto o homem.” No entanto, “na Bíblia, há apenas uma mulher de Jó e uma Jezabel, mas uma quantidade sem-fim de Saras e Rebecas” (Sabedoria Bíblica: conselhos simples para pessoas simples, cap. 17). 

Mulheres não são um mal necessário; elas são um bem necessário. Usando as palavras do puritano John Cotton, “mulheres são pessoas sem as quais não há viver confortável para o homem; sobre elas é verdadeiro o que costumamos dizer sobre os governos: os piores são melhores do que nenhum”. “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor” são palavras sábias para homens sábios. 

“Um bom marido faz uma boa esposa”, diz Spurgeon. “A verdadeira esposa é a melhor parte de seu marido, seu encanto, sua flor de beleza, seu anjo guardião, o tesouro do seu coração. Ele diz a ela: ‘Com você eu serei muito feliz. Eu escolhi você e me regozijo com isso. Em você encontrei a alegria de espírito. A escolha de Deus é minha alegria’. Em sua companhia ele encontra seu paraíso na terra; ela é a luz do lar, o conforto da sua alma e (para este mundo) o âmago do seu conforto. Por mais que tenha fortuna, ele só será rico enquanto ela viver. Sua costela é o melhor osso do seu corpo” (Ibid.) 

Assim, continua Spurgeon, “quando um casal se separa há sempre erros dos dois lados, e geralmente na mesma proporção. Com frequência, quando um lar é infeliz, o erro é tanto do marido como da esposa. Se o marido não guarda o açucareiro no guarda-louça, não é de se admirar que a esposa fique azeda.” 

Com tais abordagem, espero ter apresentado uma palavra boa para as mulheres-esposas. E com isso, ter mudado o rude retrato geralmente feito a elas. Se assim foi, resta-nos finalizar com as sábias palavras: “seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade (Pv 5.18); “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol” (Ec 9.9).  

Deus o abençoe! 

Kennedy Bunga