Seguidores

domingo, 8 de novembro de 2020

A RELAÇÃO ENTRE O ANTIGO E O NOVO TESTAMENTO


 

    Quando estudamos as Escrituras, vemos que “uma única história redentora fundamenta ambos os testamentos” (Sidney Greidanus, Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento, p. 65). Embora aja na Bíblia dois testamentos, todavia há uma unidade nelas. O Antigo Testamento apresenta profecias e símbolos; o Novo Testamento, cumprimentos e realizações (Hb 8-10; Cl 2.17).  Assim, o Novo Testamento apresenta a Igreja cristã como a continuidade da Igreja do Antigo Testamento, mostrando unidade e descontinuidade (novidade) entre elas.

    Devemos observar que embora os símbolos e rituais tenham mudado, a igreja é a mesma, o povo o mesmo. Isso o Novo Testamento deixa bem claro. No Novo Testamento vemos que o Sábado do Antigo Testamento se tornou em Domingo, a Páscoa, em Ceia, e a Circuncisão, em Batismo. No Novo Testamento, os crentes são chamados de "filhos de Abraão" (Gl 3.7,29) e a Igreja de "o Israel de Deus" (Gl 6.16). Tal era o entendimento da Igreja Cristã da relação e interdependência entre os testamentos que escrevendo aos Colossenses, Paulo equaciona o batismo a circuncisão, chamando-a de "a circuncisão de Cristo" (Cl 2.11-11). Ademais, o povo do Novo Testamento não está inseto das estipulações encontradas no Antigo Testamento, ainda que se deve ter em vista algumas descontinuidades na mesma.

    Assim, incorrem em grande erro os adeptos da teologia dispensacionalista, sustentando haver nas Escrituras a existência de dois povos de Deus (Israel e a Igreja), uma vez que os dois testamentos nos apresentam um só povo, o qual tem um só Deus com uma só Lei e uma única esperança messiânica.

(Kennedy Bunga)

Nenhum comentário:

Postar um comentário