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quinta-feira, 23 de julho de 2020

AUXILIADORA IDÔNEA


“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2.18)


Em um texto anterior, a gente já havia trabalhado o texto epigrafado, tratando da sua primeira parte sobre a temática “A Solução de Deus para a Solidão do Homem”.[1] Neste texto, pretendo trabalhar a segunda parte dela - “far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
A segunda parte do texto epigrafado traz, nas palavras do próprio Deus, aquilo que é a função da mulher – ser uma auxiliadora idônea do homem. Certamente não devemos interpretar essas palavras como se a mulher fosse inferior ao homem pelo fato de ser sua auxiliadora. A Bíblia nunca apresenta a mulher como inferior ao homem. O que a Bíblia nos diz desde o princípio é que homem e mulher são iguais em personalidade e importância, embora eles diferirem em função - na esfera conjugal, ao homem compete autoridade (liderança) e a mulher submissão (2.23 cf. Ef 5.22-31). O texto, portanto, em vez de mostrar a inferioridade da mulher, apresenta a inadequação do homem, precisando de alguém que o completasse para cumprir a tarefa de encher e multiplicar, bem como de exercer domínio sobre a terra, que eram, respectivamente, o mandato social e cultural, dados por Deus (1.26-28).
A mulher também serviria de auxílio ao homem no cumprimento do mandato espiritual (2.15-17). A união matrimonial visa não apenas propósitos físicos (ajuda mútua, procriação de filhos e prevenção da impureza), mas também importância espiritual. A mulher não fora dada ao homem simplesmente como companheira de quarto, mas de vida. A expressão “uma auxiliadora que lhe seja idônea” indica que a mulher supriria o que faltasse ao homem e vice-versa. A tradução dessa expressão no hebraico literalmente é: “uma auxiliadora como oposta a ele”. Isto quer dizer que a mulher seria correspondente ao homem, que compensaria a deficiência dele (no sentido exposta acima). A mulher seria uma auxiliadora capaz e necessária, bem adequada ao homem para ajudá-lo. Essa expressão apresenta o verdadeiro companheirismo.
O puritano John Cotton encorajou as pessoas a buscarem seu cônjuge “não para satisfazerem seus próprios objetivos, mas para se tornarem mais bem preparadas no serviço de Deus e trazê-las para mais perto dele”. Outro puritano, Thomas Gataker, disse que uma auxiliadora idônea é “a melhor companhia na riqueza; o mais capacitado e disposto assistente no trabalho; o maior conforto nas tristezas e aflições; o único meio confortável e seguro de ter filhos e posteridade; um remédio singular e soberano ordenado por Deus contra a imoderação; a maior graça e honra que pode existir para aquele que a possui”. Não é sem razão, meus irmãos, que o livro de Provérbios dedica uma boa porção de espaço em louvor a mulher virtuosa.
Caros irmãos, essa é a esposa que cada um de nós deve buscar – uma mulher que nos seja uma auxiliadora idônea. Amadas irmãs, essa é o tipo de mulher que vocês devem procurar ser – uma auxiliadora idônea ao seu cônjuge. Não há nada mais ditoso do que ter uma mulher que nos seja uma auxiliadora idônea. “Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas” (Pv 31.23,28-29).

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