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quinta-feira, 23 de julho de 2020

UMA SINTESE IMPARCIAL SOBRE A VIDA DE CHARLES H. SPURGEON

Convertido aos 15 anos de idade em Colchester, ainda muito jovem, veio a tornar-se pastor da maior igreja Baptista da Inglaterra (Londres) com apenas 19 anos de idade. Foi pregador durante 40 anos. As colectâneas de seus sermões enchem 63 volume, equivalente aos 27 volumes da 9ª edição da enciclopédia britânica, e permanece como maior conjunto de livros escritos pelo mesmo autor, na história do cristianismo.
Spurgeon lia 6 livros por semana e, recordava o que estava escrito neles e onde se encontrava cada assunto. Leu o “Peregrino” mais de cem vezes. Acrescentou catorze mil e quatro cento e sessenta pessoas na membresia de sua igreja… Ele poderia olhar para uma congregação de cinco mil pessoas e, lembrar-se do nome de cada um dos seus membros. Fundou um colégio de pastores e treinou mais de nove cento homens durante o seu pastorado.
Ele disse certa vez que, poderia contar oito grupo de pensamentos sobrevindo-lhe a mente enquanto pregava. Orava frequentemente por sua igreja durante o próprio sermão que pregava para ela. Pregava por quarenta a quarenta e cinco minutos a proporção de cento e quarenta palavras por minuto, usando uma pequena folha de papel, com anotações, que ele havia preparado na noite anterior…
Mais de vinte e cinco mil cópias de seus sermões eram vendidas todas as semanas em vinte línguas e, cada semana alguém era convertido por meio dos sermões escritos. Fundou um orfanato, editou uma revista, produziu mais de cento e quarenta livros, e respondia quinhentas cartas por semana e, frequentemente, pregava dez vezes em cada semana, em várias igrejas, bem como na sua própria igreja.
Charles H. Spurgeon era liberal quanto a política, era Baptista Calvinista Conservador quanto a teologia. Acreditava no inferno, e chorava pelos perdidos, milhares dos quais foram salvos por sua paixão de ganhar almas. Não foi em vão que o apelidaram por “Príncipe dos Pregadores,” ele pregava cada sermão na certeza de que ele (sermão) falará ao povo com poder e autoridade.
Muito se tem falado das vitórias desse homem de Deus. Alguns parecem romantizar a sua jornada, como se toda a sua vida fosse um mar de rosas, porém, não foi bem assim.
Durante o seu ministério pastoral em Londres, Spurgeon teve vários adversários. Conta-se que em certa ocasião quando preparava-se para começar o sermão, homens maus infiltraram-se entre os que vinham ver o jovem pregador dissertando e, começaram um tumulto no fundo do salão bramando (enganosamente): Fogo! Fogo! O lugar está desabando! Todos saíam…!
Durante a correria, sete pessoas foram mortas e vinte e oito gravemente feridas. Spurgon desmaiara quando percebeu o que havia acontecido. Mas não houve fogo nenhum, porém, a imprensa culpou Spurgon pela tragédia, coisa que o assombrou terrivelmente.
Spurgeon também teve que rebater a teoria do “Evolucionismo” de Charles Darwin, que havia assaltado a igreja e inclusive, muitos dos lideres que estavam se tornando liberais, perdendo confiança na autoridade da Bíblia, considerando-a um livro de mitos. A esses lideres, Spurgeon teve que enfrentá-los também ao ponto de, mais tarde, resignar da União Baptista. Enquanto isto sucedia, a imprensa o ridicularizava pela sua baixa estatura.
Além desses infortúnios externos que ele padeceu, Spurgeon também sofria de reumatismo, de inflamações nos rins, uma doença chamada “Enfermidade de Bright”, tudo isto somado com à dor excruciante da sua gota, ou seja, ele também sofria de gota. Nos últimos vinte anos de seu ministério, esteve tão doente que ficou ausente em um terço dos Domingos no Tabernáculo Metropolitano de Londres (igreja onde era pastor).
Portanto, é bom que admiremos homens como este, porém, precisamos compreender que nem tudo em sua vida foi bonança. Muitas das vezes, senão mesmo todas, a vida cristã é marcada de constantes lutas, basta recuarmos a história e, lembrarmos do nosso Senhor Jesus Cristo e os demais fiéis seus. Não romantizemos as coisas, vivamos para Deus conscientes que “Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor…” (Mt 10:24-25)
(Manuel Lema)

SUGESTÕES DE LEITURA:
1 - MURRAY, Ian H. O Spurgeon Que Foi Esquecido. SP: PES, 2004.
2- BOYER, Orlando. Heróis da Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.

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