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quinta-feira, 23 de julho de 2020

O JUÍZO DE DEUS


“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” (Hebreus 9:27)


Creio que, apesar das diferentes profissões existentes no mundo, todos concordam que a morte é o denominador comum entre os homens. Embora encontremos nas Escrituras registos sobre pessoas que foram ressuscitadas (Mc 5:35,41-42; Jo 11:43-44), o autor nesta passagem, refere-se à condição ordinária do homem, não as excessões (1 Co 15:51).
Que todos nós morreremos, não há dúvida! O escritor de Hebreus apresenta-nos a realidade que todos nós iremos enfrentar em breve - o julgamento final – na segunda vinda do Senhor Jesus. Tal como é certa a parte “A” do nosso versículo sobre a morte a qual os homens estão sujeitos, de semelhante modo, o juízo de Deus é tão certo, quanto a madrugada precede o dia.
Os homens erguem os seus próprios tribunais, promulgam leis, e constituem-se transgressores de suas próprias leis; exercem juízo, mas, nem sempre obedecem os parâmetros da equidade. Porém, não ousemos atribuir falhas ou injustiça ao juízo de Deus.
Após a queda do homem, o pecado atraiu a irá de Deus sobre a sua vida e tornou-o sujeito a punição eterna; por causa do pecado, Deus passou a odiar o homem (Sl 11:5) porque o pecado constitui-se uma afronta contra o Deus Santo, e a santidade de Deus, pressupõe sua pureza e transcendência (Sl 50:21).
Se por um lado, há aqueles que apresentam um deus implacável para com o pecador, do outro, existem aqueles que apresentam um deus fantasiado e humanizado, dominado pelas emoções, como que indeciso. No entanto, não é esse o Deus que a Bíblia nos apresenta. Embora alguns alimentam a ideia de que haverá no dia do juízo, uma segunda chance para os supostos inocentes, não há respaldo bíblico para tal opinião, e o nosso texto deixa claro. Não haverá dois juízos, não haverá uma segunda chance, nem mesmo para aqueles que alegam nunca terem ouvido o evangelho (Rm 1:19-20).
Todos compareceremos diante do tribunal de Cristo para sermos julgados (2 Co 5:10). Mas isso não significa que os crentes serão condenados com os incrédulos no dia do juízo final, o contrário é verdadeiro, porque Deus não é injusto para punir duas vezes o mesmo pecado, visto que aqueles cuja profissão de fé é verdadeira, o castigo que mereciam, Cristo já pagou publicando naquele madeiro (Jo 19:30), isto significa que serão absolvidos (Rm 8:34); porém, não se pode dizer o mesmo para aqueles que são inimigos de Deus, “ […] os ímpios não subsistirão no juízo…” (Sl 1:5); “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.”(Sl 9:17). Embora haja poucas referências no Antigo Testamento sobre o inferno como lugar de tormento, onde os pecadores viverão longe do gozo e comunhão com Deus, precisamos entender esse salmo a luz da revelação progressiva - “E irão estes para o tormento eterno…” (Mt 25:46) - Como disse o pastor Ravenhill “não poderás enviar o teu representante, será mesmo você…”
Deus é um juiz justo (Sl 7:11). Ele certamente, através do Senhor Jesus, condenará todos quanto se fizeram seu adversário. Enquanto o Evangelho é proclamado, todos os homens são convocados ao arrependimento; “Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, anuncia a todos os homens, e em todos os lugares, que se arrependam de seus pecados; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17:30-31). A vocação geral do Evangelho é estendida a todos os homens.
Portanto, não devemos nos gabar da nossa denominação; mas examinemo-nos com sincera introspecção, se de fato a nossa religião não é vã, e a nossa profissão de fé não é vazia (Tg 1:26).
Por fim, “E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.” (1 Pe 1:17).
Deus nos abençoe!
(Manuel Lema)

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