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quinta-feira, 23 de julho de 2020

CONFISSÃO DE UM GRANDE HOMEM DE DEUS


Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais." (1 Reis 19:4)

Esse texto apresenta a confissão de um grande homem de Deus, profeta Elias, - “não sou melhor do que meus pais”. Ela é bem entendida quando lemos esse verso junto dos primeiros: “Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (v.1-4).
Elias, homem de Deus (17.24), o homem mais destemido apresentado nas Escrituras, que nalguns minutos/horas atrás havia derrotado os quatrocentos profetas de Baal. Elias, ele mesmo que não deixara o rei Acabe pecar em paz, ao ponto de ser taxado de o “perturbador de Israel” (18.17), agora ei-lo aqui, fugindo da ameaça de uma mulher, Jezabel. Esse é um dos relatos mais incongruentes nas Escrituras: como alguém que enfrentou os quatrocentos profetas de Baal sozinho, e saiu vitorioso sobre eles, agora foge a ameaça de uma mulher? “Apesar de o Senhor ter mostrado ser Deus sobre Baal, Elias estava fugindo da perseguição de Jezabel. O grande homem de Deus estava deprimido por causa da ameaça de uma mulher.
Isso parece inconcebível. No entanto, não é. Quando examinamos a confissão de Elias ("não sou melhor que os meus pais”), entendemos o porquê dele se achar assim. Tiago diz que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tg 5.17). Elias, aqui revela a fragilidade de um homem. A não ser que Deus capacite o homem, ele não pode fazer mais do que lhe é natural. Nossos temores revelam quem nós somos. Somos pó, frágeis, meros mortais. Toda valentia e destreza em nós é fruto da graça divina. Assim, como Paulo todo homem virtuoso e competente sempre diz: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co 15.10).
Isso é, deveras, encorajador! Nós somos fortes em Deus. Nossa força vem de Deus. Por isso, Paulo poderia se gloriar em suas fraquezas, pois lhe foi ensinado que o “poder de Deus se aperfeiçoa nas fraquezas” do homem (2 Co 12.7-10). Estais fraco? Busque forças em Deus. Estais inoperante? Busque o auxílio divino. Busque sempre a graça de Deus sobre a sua vida.
Deus o abençoe!
(Kennedy Bunga)

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